segunda-feira, 28 de março de 2011

Dia de Homenagem aos portadores de HIV no município de Parauapebas-PA

Matéria veiculada pela Agência de Notícias da AIDS.
Abraços. Ruy.

Desde 2008, uma lei da Prefeitura de Parauapebas, no Pará, estabelece o 06 de abril como o Dia Municipal da Pessoa Vivendo com HIV e aids. A data é uma homenagem a Maria Olindina dos Santos, a Linda. Considerada a principal ativista em defesa dos portadores do HIV no Estado, Linda faleceu em 2005 com aids devido a uma parada respiratória. A data, reconhecida pelas Nações Unidas e pelo Ministério da Saúde, torna o município como o primeiro da América Latina a ter um dia que homenageia os infectados pelo HIV.


O idealizador dessa iniciativa é o viúvo de Linda e atual coordenador do Grupo de Apoio às Pessoas Vhivendo com HIV/Aids e à Prevenção (GAPP+), Joddal Simon. "A ideia é homanegear além de Linda, todas as pessoas no mundo envolvidas no combate da aids", disse.

Joddal não é portador do HIV, mas luta pela causa desde o momento em que conheceu Linda. "Casei com ela sabendo que era portadora do HIV, fiz tudo consciente por amor a ela e a causa", declarou. O ativista disse ainda que irá "lutar contra o HIV até surgir a cura", completou.

A data contribuiu para que várias atividades de prevenção às DST/Aids sejam relacionadas no município.

Em todo o mundo, o 1º de dezembro marca o dia de combate a aids.


Mais sobre Maria Olindina

Em 07 de novembro de 1969, nasceu Maria Olindina dos Santos, filha de Antonio José dos Santos e Maria Gonçalves dos Santos. Natural de Vitorino Freire, no Maranhão, ela mudou-se para Parauapebas com sua família aos treze anos.
Aos 16 anos, a jovem engravidou de um namorado que não assumiu a criança e para trabalhar teve que deixar sua filha hoje com 23 anos, sob os cuidados dos avós paternos, que a criaram desde o seu nascimento.

Em 1987, Linda conheceu um jovem e decidiram morar juntos. Desse relacionamento nasceram dois meninos, hoje com 18 e 19 anos. Em 1997, seu marido ficou muito doente e foi encaminhado à Teresina, no Piauí, onde os exames confirmaram a sorologia positiva para o HIV.

Linda e seus filhos também fizeram o teste de HIV. As crianças não estavam infectadas, mas ela sim.

Algum tempo depois de perder seu marido em decorrência da aids, Linda conheceu Joddal, os dois se casaram e decidiram atuar juntos na luta a epidemia.
Em 2002, o casal e alguns amigos fundaram o GAPP+, entidade não governamental que atua na prevenção do vírus da aids e no acolhimento das pessoas soropositivas. No primeiro momento a ONG acolheu cerca de 42 pessoas vivendo com HIV e aids, hoje são mais de 100 pessoas assistidas pela ONG.

Uma das principais conquistas da instituição foi a criação do Serviço de Assistência Especializada em HIV/Aids e do Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/Aids no município.

Redação da Agência de Notícias da Aids

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