terça-feira, 30 de novembro de 2010

Primeiro de Dezembro

Esta semana lembramos de uma data muito importante - o DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA A AIDS. Não é uma celebração, mas, sim, um marco em respeito a muitos que já se foram bem como apoio ao trabalho dos muitos que aqui ainda estão lutando em prol da prevenção contra a infecção do vírus HIV - causador da AIDS - e qualidade de vida aos que já se encontram infectados.

Algumas conquistas foram alcançadas como a variedade das combinações dos remédios antirretrovirais (os antigos "conquetéis" cuja finalidade única é impedir a replicação do vírus no organismo). Todavia, há uma longa estrada a ser percorrida vez que muitos dos direitos do portador não vem ao seu conhecimento e nem são respeitados.

Neste momento, cabe a cada um de nós pensar naqueles que tanto sofreram nos anos '80/90' com o "BOOM" da epidemia. Quando não havia nada a ser feito. Cabe a cade um de nós relembrar a luta de nossos saudosos ativistas, em memória a todo um trabalho glorioso e respeitável o qual abriu algumas portas para o desempenho e acesso do movimento da sociedade civil organizada às políticas públicas de saúde do governo a níveis municipal, estadual, nacional e até mesmo internacional. Sem a determinação, a garra e a batalha diária desses ícones que são verdadeiros heróis de nossos dias, hoje, talvez poucos de nós estariamos aqui, apresentando-se de cara lavada mostrando que tem histórias a contar.

Amanhã, por exemplo, dia 01 de Dezembro, farão dois anos que se foi um dos ativistas cuja frase expressada certa vez em seu e-mail ficou gravada na parede de minha memória e assim será para sempre:

"Alguns vivem com AIDS, alguns vivem para a AIDS, alguns vivem da AIDS."

Nosso saudoso Sérgio, da RNP+SP, que nos deixou com 63 anos de idade e um histórico bastante rico e promissor de lutas e políticas públicas a respeito da AIDS.

E hoje, que temos tantas opções de tratamento a contar? Que temos nossos direitos a lutar? Nosso espaço nas reuniões municipais, estaduais e nacionais a expressar? O que estamos fazendo a respeito de promover qualidade de vida ao nosso semelhante? Quais são as novas metas para prevenção?

Dia 15 de Novembro saiu uma matéria na EPTV - emissora local filiada a Rede globo - na qual dei um depoimento como uma pessoa vivendo e no dia 20 foi ao ar um programa desta mesma emissora intitulado EPTV COMUNIDADE no qual também foi exibido meu depoimento como pessoa vivendo com HIV/AIDS e as informações prestadas pela Coordenadora do Programa Municipal de DST/AIDS e Hepatites Virais daqui de Ribeirão Preto/SP.

Amanhã, no jornal Folha de S. Paulo, em um caderno local chamado Folha Ribeirão onde tem uma sessão intitulada MINHA HISTORIA, será publicada a minha descoberta com a AIDS.... e amanhã a Rede Record - também em sua emissora local - também fará uma matéria com meu depoimento.

Temos que mostrar que o tratamento é uma valiosa ferramenta para o enfrentamento, a proteção, a promoção da saúde, além do mais importante: da própria pessoa querer estar bem. Temos que mostrar que estamos bem, que temos qualidade de vida e, como qualquer outra pessoa, lutamos pela nossa vida. 

Abraços. a todos. Vamos fazendo a nossa parte.

Ruy.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

LIvro mostra a diversidade dos travestis e transsexuais

Um tema interessante, pouco debatido, onde reina o preconceito. Mas, uma coisa fica clara, que o amor é sempre incontestável. Amor é sempre amor.

“Já se imaginava um universo de preconceito, mas o amor não estava na pauta, nem na lista de preocupações dessa publicação”, conta Aureliano, no Prefácio. “A impressão que salta nos relatos é a de que o amor na diversidade é mais generoso e menos opressivo do que entre casais heterossexuais”, acrescenta.
A maioria das entrevistas que possibilitaram a criação do livro foram feitas entre março e junho de 2010 no CRD e no Ambulatório para Travestis e Transexuais, “pontos de encontro com um universo marginal, estigmatizado, mal compreendido e subavaliado”, segundo Aureliano. “A dependência pelo crack e a infecção pelo HIV, altamente presentes nessa população, são duas ameaças para quais a sociedade e a saúde pública ainda não prestaram a devida atenção”, critica o jornalista.

Presentes no evento de lançamento do livro, a Coordenadora Estadual de DST/Aids, Maria Clara Gianna; o Presidente do Grupo Pela Vidda de São Paulo, Mário Scheffer; e a Coordenadora do CRD, Inina Bacci, lembraram a importância que o material tem como resposta aos recentes ataques homofóbicos na Avenida Paulista.

Os 2 mil exemplares do livro serão distribuídos em organizações que atuam na área no Brasil e em outros países.
Apoiaram também nesta iniciativa o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Assistência Social e o Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo.
O evento de lançamento contou ainda com uma exposição de fotos que ilustram os ambientes onde vivem e trabalham os personagens do livro.

Lucas Bonanno - Agência Aids


Ruy.