sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A importância da alimentação saudável para os portadores

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Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids de São Paulo alerta portadores do HIV sobre a importância de uma alimentação saudável
Os indivíduos com boa condição nutricional são mais resistentes às infecções, ressalta, em nota divulgada nesta quarta-feira, o Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids do Estado de São Paulo (CRT-DST/Aids). Vários estudos demonstraram o impacto negativo da desnutrição no aumento da morbidade/mortalidade na aids.

Cerca de 70% dos portadores de HIV matriculados CRT-DST/Aids apresenta algum grau de comprometimento nutricional, o que pode afetar o funcionamento do sistema imunológico e, consequentemente sua qualidade de saúde e vida.

Diante deste quadro, nutricionistas e nutrólogos do CRT-DST/Aids estão orientando diariamente pacientes no sentido de seguir uma dieta adequada. “As vitaminas e minerais contidos nos alimentos, tem um papel antioxidante importante e protegem os tecidos contra o dano causado pelas substâncias inflamatórias produzidas pelo processo infeccioso crônico ou pela utilização de medicamentos e/ou substâncias como o tabaco e álcool”, explica o nutrólogo Vicente José Salles de Abreu.

Segundo ele, as vitaminas C e E, os betacarotenos, o zinco e o selênio são importantes nutrientes com ação antioxidante. Assim, os alimentos ricos desses elementos devem estar presentes na dieta desses pacientes: como frutas in natura ou sucos; nas saladas de verduras e egumes; nas carnes (especialmente de peixe, rica em óleos polinsaturados ômega-3 com potente ação antiinflamatória); nos grãos e óleos vegetais ricos em tocoferol (vitamina E), contendo também fibras e minerais como zinco e selênio.

Uma dica é compor um prato de forma mais colorida possível. “Os vegetais de diversas cores contem variadas combinações de antioxidantes e outros compostos bioativos”, explica Vicente.

As pessoas vivendo com HIV e aids frequentemente apresentam distúrbios do metabolismo dos lipídios, ou seja, acumulam o mau colesterol (LDL) e/ou possuem redução nos níveis sanguineos do bom colesterol (HDL). Com o passar do tempo esta elevação do nível do colesterol ou triglicerídeos no sangue resulta em uma formação de uma placa de ateroma na superfície interna das artérias.
Esta alteração vascular pode levar a restrição do fluxo sanguíneo aos tecidos precipitando eventos cardiovasculares e neurológicos. Daí a necessidade de restringir a gordura saturada e o colesterol da dieta. As grandes fontes de gordura saturada e colesterol estão presentes nos alimentos fritos, empanados, carne bovina, leite integral, queijo amarelo, manteiga, cremes e guloseimas como os doces e biscoitos.

De acordo com a nutricionista Amélia Bezerra dos Santos, uma vez identificado um quadro de desnutrição, que pode ser agravada se o paciente tem hábitos alimentares incorretos, predisposição genética e depressão, é preciso recorrer a uma terapia nutricional. “O tratamento melhora a função imunológica, diminuindo a perda de massa corpórea e consequentemente, melhorando a qualidade de vida do paciente”, declara.

Redação da Agência de Notícias da Aids

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